Implementar um pedilúvio na sua fazenda oferece a oportunidade de melhorar os resultados financeiros. Além de economizar dinheiro, o pedilúvio também reduz a quantidade de vacas com claudicação que os funcionários precisam buscar, aumentando a moral no ambiente de trabalho. Em um artigo recente na Ohio State Buckeye Dairy Newsletter, o especialista em extensão Jason Hartschuh destacou os benefícios de adicionar um pedilúvio à sua operação.
Uma vaca está sempre em movimento, seja em algumas idas à sala de ordenha ou em várias idas ao cocho de alimentação por dia. Assim como os humanos, se uma vaca tem um pé machucado, caminhar sobre ele causa desconforto, agravando o problema. A vaca fica menos propensa a se levantar e fazer essas idas, reduzindo a ingestão de matéria seca e a produção de leite. “Cada caso de claudicação custa aproximadamente US$336,91 (aproximadamente R$ 1.685) em perda de produção de leite, tratamento, desempenho reduzido e aumento de descarte. Para cada semana adicional que uma vaca permanece claudicando além dos primeiros sinais de claudicação clínica, esse custo aumenta em US$ 13,26 (aproximadamente R$ 66)”, disse Hartschuh.
Noções básicas sobre pedilúvios
Os resultados dos pedilúvios só serão visíveis se forem usados consistentemente. A consistência faz diferença, assim como a configuração. Um pedilúvio deve ter pelo menos 3 metros de comprimento, com uma solução de 10 cm de profundidade. “A largura mínima para a passagem de uma vaca é de 50 cm, mas 60 cm para o pedilúvio é melhor. As vacas passam melhor por um pedilúvio com paredes sólidas com pelo menos 90 cm de altura e inclinadas para fora em um ângulo de 70 graus”, observou o especialista em extensão. As vacas devem ser capazes de passar pelo pedilúvio em fila única.
Os pedilúvios não possuem um padrão único. Se muitas vacas passam por ele, o esterco pode contaminar o pedilúvio, tornando seus efeitos inúteis. Embora não haja um número definido de vezes por semana que uma vaca deve passar por um pedilúvio, recomenda-se que isso ocorra pelo menos três vezes por semana. “Os pedilúvios são eficazes para aproximadamente 150 a 300 passagens de vacas”, ele citou. Se problemas nos cascos começarem a se espalhar pelo rebanho, talvez seja interessante implementar um pedilúvio adicional ao longo da semana.
O que devo usar?
Existem muitos produtos anunciados para uso em pedilúvios, mas apenas três foram cientificamente comprovados. O sulfato de cobre, formalina e sulfato de zinco têm benefícios para melhorar a saúde dos cascos. “O sulfato de cobre é a melhor opção devido às suas propriedades antibacterianas e ao efeito de endurecimento no casco, com um custo de cerca de US$ 42 (aproximadamente R$210) por vaca por ano com quatro usos por semana”, recomendou Hartschuh. Certifique-se de manter as concentrações de sulfato de cobre entre 3% e 5%.
Embora a formalina seja um suspeito carcinogênico, ela tem eficácia comprovada na eliminação de bactérias e no endurecimento do casco. “As concentrações de tratamento de formalina devem ser mantidas entre 3% e 5%, com cautela para não exceder 5% devido ao risco de queimaduras químicas”, disse ele. Temperaturas abaixo de 10°C podem impedir o funcionamento adequado da formalina, fazendo com que as lesões nos cascos cicatrizem mais lentamente que o normal. O sulfato de zinco não é tão popular e é menos solúvel, mas também serve como outra opção para controlar a dermatite digital. Mantenha as concentrações de sulfato de zinco entre 5% e 20%.
Incorporar pedilúvios na fazenda oferece a oportunidade de melhorar os resultados financeiros ao reduzir a claudicação. O uso de pedilúvios deve ser específico para cada fazenda, então encontre a melhor forma de aproveitar seus benefícios na sua. “Reduzir o número de vacas com claudicação clínica e subclínica na fazenda também melhora a moral dos funcionários, pois eles têm menos vacas que não querem se mover, evitando frustrações”, destacou Hartschuh.
As informações são da Hoard’s Dairyman, traduzidas pela equipe MilkPoint.
Publicação e foto: Portal MilkPoint