Nesta quinta-feira (11) aconteceu em Goiânia na sede do Fundo Emergencial para Sanidade Animal de Goiás, a primeira reunião discutindo as novas exigências da União Européia em relação as importações de diversos produtos oriundos do nosso setor do agronegócio. É que o Parlamento Europeu, composto por 720 membros, aprovou recentemente e por esmagadora maioria de 550 a 40, as imposições aos países que exportam seus produtos derivados do agro para aquela região, criando a chamada “Regulamentação Européia de Antidesflorestamento – EUDR).
A previsão é de que essas exigências entrem em vigor no inicio de 2025, afetando seriamente o Brasil, um dos maiores exportadores mundiais de derivados do agro. Sobre a União Européia, nossos produtos representam apenas 0,1% em relação ao resto do mundo. Porém, grandes importadores de nossos produtos especialmente a China, estão propensos a concordar com a Europa, e adotarem também a chamada rastreabilidade desses produtos. Isso nos remete à uma intensa tarefa no sentido de nos adequar rapidamente. Para tanto, o governo federal já está concluindo e deverá colocar no ar no final desse mês de julho, uma plataforma aonde os produtores, indústrias e outros seguimentos vão acessar, inserindo dados buscando habilitação específica.
Participaram dessa primeira reunião no Fundepec-Goiás, representantes da Superintendência Regional do Ministério da Agricultura; Agrodefesa; Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás – FAEG; Fundepec-Goiás; Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás – ADIAL, Cooperativa de Laticínios Itambé-CCPR-MG; Fórum Empresarial do Estado de Goiás; Grupo Piracanjuba – (Laticínios Bela Vista) e Associação Goiana dos Criadores de Zebu-AGCZ.
A representante da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Paula Coelho, fez uma exposição de dados que o Ministério da Agricultura está colocando nessa plataforma digital, para inserção de informações daqueles que pretendem habilitar suas unidades produtoras e exportarem para a Europa. É que alguns representantes goianos já participaram em Brasília, das discussões sobre essas exigências européias e como o Brasil poderá atendê-las.
As dúvidas foram muitas por parte dos participantes da reunião no Fundepec-Goiás e que só serão sanadas com mais reuniões de entes ligados a esse assunto não só de Goiás mas do governo federal como o Ministério da Agricultura, Ministério de Relações Exteriores e Itamaraty. O Superintendente Regional do MAPA em Goiás, José Eduardo de França, se dispôs a entrar em contato com Brasília e provocar uma reunião nesse sentido.
Entre as dúvidas estão: como essas exigências européias serão regulamentadas; quais os países que vão aderi-las, quais os critérios por parte do Ministério da Agricultura serão adotados já que os estados da Federação têm sistemas diferentes de rastreabilidade de seus produtos; como as imposições européias podem afetar toda a cadeia do agro, etc.
No final, os participantes da reunião agradeceram a iniciativa do Fundepec-Goiás em encabeçar as discussões sobre esse tema, e afirmaram que estão dispostos a tornar Goiás um estado de excelência em relação ao atendimento dessas exigências.
Texto e fotos: Imprensa Fundepec-Goiás