O evento aconteceu na tarde desta terça-feira (13-8) na sede do Fundo Emergencial para a Sanidade Animal de Goiás em Goiânia e, dentro do cronograma de trabalho, aconteceu pela terceira vez este ano. Fazem parte deste Comitê, representantes da Secretaria Estadual de Agricultura, Agrodefesa, Emater-Goiás, Superintendência Estadual do Ministério da Agricultura, Fundepec-Goiás, Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG, Pontifícia Universidade Católica, Conselho Regional de Medicina Veterinária-Goiás, Federação de Agricultura do Estado de Goiás, Associação de Buiatria de Goiás, Associação Goiana de Revendedores de Produtos Agropecuários, Sindicarne, Sindileite, Secretaria Estadual de Saúde e Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
Constou da pauta de trabalhos os seguintes itens: 1- Apresentação dos novos membros do CECBT; 2- Apresentação do Projeto Piloto de Propriedades de Certificação; 3- Portaria 326/2024 – Escassez de Vacina; 4- Apresentação da Pesquisa do Fundepec-Goiás sobre Campanha de Publicidade Contra a Brucelose; Apresentação do Plano de Trabalho da Agrodefesa; 6- Laticínios e Regularidade Sanitária;7-Cadastro Unificado de Médicos-Veterinários e outros.
Todos os temas foram discutidos. Porém, nada em definitivo pois necessitam ainda de outros andamentos como por exemplo o trabalho do Fundepec-Goiás sobre a campanha contra a brucelose. Segundo o diretor técnico da entidade Antônio Flávio Camilo de Lima, para que a ação tenha eficácia, é preciso que se conheça primeiro o perfil dos produtores como. Como exemplo: porquê não vacinam e outras dificuldades em cumprirem a lei sobre a necessidade de imunização dos rebanhos bovinos. No momento está se fazendo esse levantamento através do IEL – Instituto Euvaldo Lodi que deverá durar uma média de 70 dias. A partir de então, se definirá qual será o sistema de comunicação para orientação destes produtores.
Alguns detalhes
Já está definido que mesmo estando em vigor desde 2002, a lei que exige a certificação das propriedades em relação a qualidade sanitária do rebanho de leite contra a brucelose e a tuberculose, por parte dos laticínios, ela não vem sendo cumprida de forma eficiente. O Comitê Estadual de Combate à Brucelose e à Tuberculose está propenso a definir uma data a partir da qual, essa lei deverá ser cumprida. Essa orientação estará circulando no bojo da campanha a ser acionada pelo Fundepec-Goiás. Nada impede também que as assessorias de comunicação das entidades participantes do Comitê também colaborem com essa divulgação.
Uma forma de conscientizar o produtor sobre essa necessidade de vacinar o rebanho contra brucelose não só leiteiro mas também de corte, é a Formação de Propriedades Modelos sob o ponto de vista de certificação.Em Itaberaí -GO já existe um grupo de 8 produtores de leite que já atingiram esse objetivo e isso vem motivando outros núcleos de produtores a se unirem com o mesmo objetivo. Quem emite essa certificação é a Agrodefesa que vai acionar parcerias também com universidades buscando orientação para os pecuaristas sobre essa questão, já que o braço de trabalho da Agrodefesa não consegue alcançar a gama imensa de produtores que hoje em Goás, somam cerca de 82 mil entre gado de leite e de corte. Gado de leite tem uma média de 5 milhões de cabeças. Entre corte e leite, 23 milhões de cabeças.
Sobre a vacinação contra a brucelose, o índice considerado razoável é de pelo menos 85% do rebanho. Em Goiás esse número é 60% daí, a necessidade de orientação e nesse sentido, todas as entidades que compõem o Comitê estarão atuando lado a lado segundo o presidente deste Antônio Pinto, que representa a FAEG – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás. Vale ressaltar que para a tuberculose, não existe vacina. O animal contaminado deve ser marcado e a Agrodefesa deve ser comunicada imediatamente para orientar a forma de descarte.
Texto e fotos: Imprensa Fundepec-Goiás