Fundepec-Goiás e parceiros discutem combate à brucelose e à tuberculose

A tuberculose e a brucelose bovinas são doenças altamente preocupantes, tendo em vista a sua incidência na pecuária goiana. Para se ter uma idéia, a tuberculose hoje está na faixa de 4% em termos de incidência e a brucelose atinge em alguns casos, até 18%. Nos últimos meses, o Fundo Emergencial para a Sanidade Animal de Goiás – Fundepec-Goiás, tem buscado discutir essa questão com outros entes com a  Agrodefesa,  Universidades e entidades ligadas à pecuária.

Para buscar dados sobre o aumento dessas doenças, o Fundepec articula pesquisas nesse sentido e um dos primeiros passos, foi uma reunião nessa terça-feira na Agrodefesa em Goiânia, quando o professor Álvaro Ferreira Júnior, médico veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, proferiu uma palestra sobre essas doenças para um grande grupo de técnicos, lideranças classistas e outras pessoas interessadas no tema.

Já ficou definido que brevemente será feita uma pesquisa no município de Itaberaí, buscando informações sobre índice de vacinação contra a brucelose. Esse trabalho será coordenado pelo professor Álvaro e outras tarefas similares serão feitas posteriormente em outras regiões. A partir dos resultados, serão elaborados planos de combate  mais eficientes com a brucelose no Estado. Uma das causas é a negligência dos pecuaristas e a falta de informações, principalmente aos produtores de leite.

Sobre a tuberculose bovina, para essa doença não existe vacina. Segundo o professor Álvaro Ferreira, o combate deve ser feito com manejos adequados, comercialização responsável, exames constantes no rebanho e outras medidas sanitárias. Indagado se essa doença pode afetar os humanos, ele explicou que a não pasteurização  do leite pode ser perigoso. A contaminação em humanos também depende muito das condições de saúde das pessoas mas, todo cuidado é pouco com essa  e outras doenças cuja origem é a pecuária de leite. Para se ter uma idéia, 6 bilhões de pessoas em todo o planeta têm contato com o leite diariamente.

Sobre a brucelose, o professor Álvaro explicou que o programa de combate à essa doença em Goiás já dura 23 anos, e os resultados precisam aparecer. Daí, a necessidade de se buscar novos rumos para que eles apareçam, isso através de parcerias, pesquisas, trabalho de conscientização e outras ferramentas adequadas.

Texto e foto: Imprensa Fundepec-Goiás